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Música e religião são aliados de quem sofre com dor crônica

Ouvir música e ter uma religião vai alterar a percepção da dor em pacientes que lidam com a dor crônica, mostram estudos recentes sobre o tema. Enquanto a música acalma a mente e o corpo, a espiritualidade proporciona conforto e esperança. 

 

“Na verdade não é que a dor vai ser minimizada, mas a percepção será alterada. Com isso, o paciente vai sofrer menos. Esses dois elementos oferecem uma abordagem holística para aqueles que vivenciam a dor crônica, fornecendo alívio não apenas físico, mas também emocional e espiritual”, explicou o Neurologista e Anestesiologista Ramon D’Ângelo Dias, também professor na Sinpain, maior faculdade do Brasil para Dor Crônica.

 

De acordo com ele, estudos científicos têm demonstrado consistentemente os benefícios da música no gerenciamento da dor persistente. “A música possui uma capacidade única de desviar a atenção da dor, induzir relaxamento muscular e liberar endorfinas, os analgésicos naturais do corpo. Além disso, a escolha consciente de certas melodias pode influenciar o estado emocional, promovendo sentimentos de esperança e bem-estar”, informou o médico.

 

Já a religião e a espiritualidade desempenham um papel significativo na maneira como enfrentam desafios e adversidades, incluindo a dor crônica. “As práticas religiosas podem oferecer consolo, esperança e um sentido de propósito em meio ao sofrimento. A crença em um poder superior ou em um propósito maior pode ajudar a encontrar significado na experiência da dor e a cultivar uma atitude de aceitação e resignação”, contou Ramon D’Ângelo Dias.

 

Quando combinados, música e religião criam uma sinergia poderosa na gestão da dor crônica. A música é um mecanismo de alívio temporário da dor, enquanto a espiritualidade proporciona consolo, significado e uma perspectiva de longo prazo. Juntos, esses elementos formam uma abordagem holística que aborda não apenas os aspectos físicos da dor, mas também os aspectos emocionais e espirituais.

 

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