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'Frida, Fragmentos de Memória' no Teatro da UFES

O Espetáculo              
Em 1998, Rosamaria Murtinho interpretou magistralmente no teatro a vida da compositora Chiquinha Gonzaga, no espetáculo Abre Alas de Maria Adelaide Amaral. Foi um dos maiores êxitos da brilhante carreira da atriz, que impressionava ao viver a personagem da maestrina dos 17 aos 80 anos. Em 2003, reviveu nos palcos a vida da Primeira Rainha da Rádio, Isaurinha Garcia, no espetáculo Personalíssima – Isaurinha Garcia. E em 2007, para completar a galeria de grandes mulheres da história interpretadas pela atriz, Rosamaria subirá aos palcos para viver um dos papéis mais desafiadores de sua carreira. Ela será a revolucionária pintora mexicana Frida Kahlo no espetáculo Frida de Meire Rioto.
O espetáculo terá a direção do ator e diretor Caco Ciocler, que está pela primeira vez dirigindo a atriz, numa montagem ousada, moderna, fora do convencional. Caco está indo para sua terceira direção teatral. Em 2004 dirigiu a peça Senhor das Flores e em 2006 foi à vez de A Frente Fria Que a Chuva Traz com o Grupo Nós do Morro.
O espetáculo Frida não poderia estrear num ano melhor! Em 2007 comemora-se o centenário do nascimento da artista mexicana. Pode-se dizer que a peça será uma grande homenagem a pintora, prestada pela atriz Rosamaria Murtinho.
Mergulhada no universo de Frida, Rosamaria foi até a cidade do México, e lá percorreu a trajetória histórica vivida pela mesma, como a visita que fez A Casa Azul, onde a pintora viveu e morreu, o passeio pelo Atelier de Diego Rivera, seu marido, e tantos outros lugares. A viagem não serviu simplesmente como forma de estudo, mas também para Rosamaria fazer um vídeo filmado e dirigido por Caco Ciocler, em todos esses locais, que será passado no espetáculo, mostrando ao grande público a verdadeira história e essência de Frida.
Rosamaria está levando para o palco sua emoção mais pura e verdadeira, da pintora que teve uma vida cheia de percalços, uma revolucionária, uma militante comunista e agitadora cultural. Ao contrário da elite de sua época, ela gostava de tudo o que era verdadeiramente mexicano: jóias e roupas das índias, objetos de devoção a santos populares, mercados de rua e comidas cheias de pimenta. Fiel ao seu país, a pintora Frida usou tintas fortes para estampar em suas telas, na maioria auto-retratos, uma vida tumultuada por dores físicas e dramas emocionais.
O espetáculo possui um conceito, baseado nas memórias de Frida, que foram relatados em seus quadros. Sua obra é considerada a mais autobiográfica que já existiu. O cenário e figurinos são seus quadros tridimensionados.
A atriz não estará sozinha no palco. Em cena ao seu lado Zulma Mercadante como Frida Jovem; Alex Nader como Guilherme Kahlo, seu pai; Cássio Pandolfi como Trotski; Marcelo Torreão faz seu marido Diego Rivera e Vera Ferreira como Matilde Kahlo, sua mãe. E ainda mais 10 atores – cantores, escolhidos por teste que irão abrilhantar ainda mais o espetáculo. A produção está a cargo da Montenegro e Raman.

Frida por Meire Rioto
Dor.
Superação.
Arte.
Paixão.
Frida Kahlo expressou todos esses sentimentos durante uma vida repleta de sobressaltos que, aos olhos de todos, dariam a ela todas as justificativas para desistir. Desistir do mundo e de si mesma. Porém o caminho escolhido foi outro: “Não estou doente. Estou partida. Mas me sinto feliz por me sentir viva enquanto puder pintar.”.
Nada mais alternativo do que sua figura – que misturava um buço significativo com anéis e roupas multicoloridas. Nada mais contraditório do que seu desejo de ser independente misturado à sua doentia obsessão por Diego Rivera. Nada mais chocantes para a época que suas bebedeiras, xingamentos e namoros com várias amigas. Nada mais bonito que seu amor ao México, ao comunismo, à arte, – opções que a fizeram passar por períodos de grande privação material - sua visão de mundo era, de fato, particular.
Comemorando seu centenário de nascimento, o espetáculo FRIDA KAHLO busca abranger quase toda a vida da pintora, fornecendo pequenos fragmentos que permitem desvendar o mistério de Frida Kahlo. Suas cenas revelam a ousadia ímpar, a intensidade de seus afetos e seu persistente sofrimento físico. Todos esses elementos seguem a tentativa de se retirar os véus de sua personalidade e nos mostrar a genialidade de uma mulher avessa às convenções de sua época.
Imagens cravadas no coração de Frida Kahlo se tornam o auto-retrato da mais importante pintora mexicana cujas marcas deixadas durante a vida e após sua morte percorrem sempre intensamente as veias da política, do sexo, da arte e, sobretudo, do amor.

Frida Kahlo
Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderón, nascida em Coyoacán, México, em 6 de julho de 1907 e falecida em Coyoacán em  13 de julho de 1954, foi uma pintora mexicana ,filha de um fotógrafo judeu-alemão Guilhermo Kahlo e de Matilde Calderón y Gonzalez, uma mestiça mexicana. Em 1910 Frida contrai poliomielite, sendo esta a primeira de uma série de enfermidades, acidentes, lesões e operações que sofre ao longo de sua vida. A poliomielite deixa uma lesão em seu pé direito com isso, ganha o apelido Frida pata de palo (ou seja, Frida perna de pau). A partir disso ela começa a usar calças, depois, longas e exóticas saias, que vieram a ser uma de suas marcas registradas.Ao contrário de muitos artistas, Kahlo não começou a pintura em uma idade precoce. Embora seu pai encarasse a pintura como um passatempo, sua filha não estava particularmente interessada na arte como uma carreira e não a perseguia seriamente.Entre 1922 e 1925 frequenta a Escola Nacional Preparatória do Distrito Federal do México e assiste a aulas de desenho e modelado.Em 1925, quando tinha 18 anos aprende a técnica da gravura com Fernando Fernandez. Porém sofreu um grave acidente. Um ônibus no qual viajava chocou-se com um bonde, acidente que fez a artista ter de usar um colete de gesso por muito tempo. Por causa deste último fez várias cirurgias e ficou muito tempo presa em uma cama. Durante sua longa convalescência começa a pintar.Em 1928 quando Frida Kahlo entra no Partido comunista mexicano, ela conhece o muralista Diego Rivera, com quem se casa no ano seguinte. Sob a influência da obra do marido, adotou o emprego de zonas de cor amplas e simples num estilo propositalmente reconhecido como ingênuo. Procurou na sua arte afirmar a identidade nacional mexicana, por isto adotava com muita freqüencia temas do folclore e da arte popular do México.Entre 1930 e 1933 passa a maior parte do tempo em Nova Iorque e Detroit com Rivera. Entre 1937 e 1939 Leon Trotski vive em sua casa de Coyoacan.Em 1938 André Breton qualifica sua obra de surrealista em um ensaio que escreve para a exposição de Kahlo na galeria Julien Levy de Nova Iorque. Não obstante, ela mesma declara mais tarde: "Acreditavam que eu era surrealista, mas não o era. Nunca pintei meus sonhos. Pintei minha própria realidade".Em 1939 expõe em Paris na galeria Renón et Colle. A partir de 1943 dá aulas na escola La Esmeralda, no D.F. (México).Em 1953 a Galeria de Arte Contemporânea desta mesma cidade organiza uma importante exposição em sua honra.Alguns de seus primeiros trabalhos incluem o "Auto-retrato em um vestido de veludo" (1926), "retrato de Miguel N. Lira" (1927), "retrato de Alicia Galant" (1927) e "retrato de minha irmã Christina" (1928)..

Ficha Técnica
Rosamaria Murtinho em “Frida, fragmentos de memória”
De Meire Rioto
Direção: Caco Ciocler
Elenco:
Marcelo Torreão como Diego Rivera
Taciana Barros como Frida Jovem
Jaderson Fialho como Alex
Vera Ferreira como Matilde Khalo
Bernardo la Rocque como Guilhermo Kahlo
Dayana Cordeiro como Tina Modotti
Participação especial: Juan Alba como Leon Trotski

Serviço
'Frida, Fragmentos de Memória'
Com: Rosamaria Murtinho, Marcelo Torreão, Taciana Barros, Jaderson Fialho, Vera Ferreira, Bernardo la Rocque, Dayana Cordeiro. Participação especial: Juan Alba
Dias: 05 e 06 de Abril.
Local: Teatro Universitário - UFES- Avenida Fernando Ferrari, 514, Campus Universitário Alaor de Queiroz Araújo, Goiabeiras, Vitória – ES.
Horário: Sábado, às  21h, e domingo, às 19h30
Ingressos: R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia) para estudantes com carteira 2008 e idosos a partir de 60 anos.
Classificação: 14 anos.
Venda de ingressos: Bilheteria do Teatro , a partir do dia 02 de Abril.
Info: 3335-2953/8152-1461
Realização Local: WB Produções
www.wbproducoes.com

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