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Mais uma bomba na cultura capixaba

            Após dois anos de espera e com garantias que após a realização do Carnaval deste ano a “Cidade do Samba” se tornaria realidade, a Liga Independente das Escolas de Samba do Grupo Especial (LIESGE) recebeu a notícia que o ‘Centro Cultural Carmélia Maria de Souza’ será utilizado para abastecimento de grãos,  com muita tristeza. “Para nós foi como um balde de água fria derramado em todas as agremiações”, diz o presidente da Liga, Edvaldo Teixeira.

            Edvaldo ficou consternado com a notícia divulgada no último dia 30 de julho que a Superintendência de Patrimônio da União (SPU-ES) decidiu que a área do Teatro Carmélia será transformada em local para armazenamento de sacas de café por conta da venda dos galpões do IBC em Jardim da Penha, Vitória.  “Estávamos esperançosos que este ano resolveríamos esta questão. Já havíamos feito uma manifestação de interesse pelo local, para implementação da Cidade do Samba no ano de 2018 e ano passado (2019), a Prefeitura de Vitória (PMV) recebeu a negativa do projeto da União. Porém, insistimos e a PMV pediu que o SPU reconsiderasse o fato e cedesse uma concessão provisória por mais 20 anos”, afirma Teixeira.  “Aí, veio esta decisão que nos deixou ‘sem esperança’, principalmente em um momento tão difícil que as agremiações estão passando por conta da pandemia, pela não realização de eventos que estariam acontecendo”, ressalta.

            A Cidade do Samba iria valorizar ainda mais o Carnaval Capixaba, o maior e um dos eventos mais importantes do Estado e a nossa cultura. De acordo com Edvaldo Teixeira, “o teatro seria reformado para o uso das escolas de samba, para quem trabalha no carnaval, tínhamos um projeto pronto para o espaço, os carros alegóricos seriam confeccionados ali, a proximidade do local, faria com que as escolas já saíssem com os carros dali, sem provocarmos interrupção de trânsito muito antes do evento, e seriam guardados quando terminasse o Carnaval, garantido um ônus para as agremiações”, explica Teixeira. “Além disso, o espaço seria usado pela comunidade, por outros movimentos culturais capixabas. A Secretaria Municipal de Cultura estava acompanhando nossa luta”, completa Teixeira.

            “Além disso, oficinas culturais seriam disponibilizadas no local, diversas atividades relacionadas às Escolas de Samba aconteceriam no espaço, além de um pouco da história do nosso Carnaval que poderia ser disponibilizada ali, transformando o teatro em um ponto turístico, como as Paneleiras, por exemplo”, afirma Teixeira.

            Sobre o trânsito é outra ressalva que o presidente da LIESGE destaca: “Como vai ficar o trânsito na região, próxima à Segunda Ponte que já é um caos com o recebimento de grãos naquela região?”. 

            Enfim, Edvaldo Teixeira torce para uma solução, um entendimento da SPU e se solidariza com todos os movimentos culturais para juntos lutarmos pela cultura capixaba.

 

Decisão

A Superintendência de Patrimônio da União (SPU-ES) decidiu que a área do Teatro Carmélia, será transformada em local para armazenamento de sacas de café, após a própria União ter anunciado a venda dos Galpões do IBC, que ficam em Jardim da Penha. Assim, o material que é abrigado lá terá que ser transferido para a área do Carmélia. 

 

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