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Mamoplastia de aumento é o primeiro procedimento de redesignação de sexo

Os músculos do peitoral estão entre os traços masculinos que mais demonstram a forma física do homem. Para aqueles que passam pelo processo de redesignação sexual, a região está entre as primeiras a passar por mudanças. A mamoplastia de aumento é considerada pelos cirurgiões plásticos o primeiro procedimento a ser feito nesse processo.

“Na nossa cultura, os seios estão entre as principais características que representam o corpo feminino. Após o início do processo de hormonização, o segundo passo é adequar a região com implantes de silicone, para que a aparência da região se assemelhe às mamas femininas”, diz o cirurgião plástico e Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Humberto Pinto.

Assim como na mastoplastia de aumento convencional, os implantes de silicone são colocados embaixo do músculo peitoral. De acordo com o cirurgião essa é a melhor forma, uma vez que há pouco tecido mamário na região e o músculo ajuda a dar cobertura do tecido adicional aos implantes. 

O médico destaca que antes de fazer a cirurgia o paciente deve procurar um profissional qualificado. Na consulta, serão avaliados aspectos como posição da aréola, volume mamário e o local do sulco infra mamário. “A avaliação médica é importante para analisar, por exemplo, se o tórax masculino do paciente possui aréolas mais lateralizadas, o que vai exigir implantes maiores para que as mamas alcancem um volume normal”, esclarece o cirurgião plástico Humberto Pinto.

Nos cuidados do pós operatório fica indicado cerca de 15 dias de repouso e, aos poucos, com 30 dias, sendo possível o retorno às atividades leves.

Mastectomia masculinizadora

A mastectomia masculinizadora é a cirurgia feita para dar aparência masculina ao tórax de uma mulher em processo de redesignação de sexo. “Na cirurgia é feita a retirada da glândula mamária, que pode ser feita pela aréola, deixando a cicatriz ao redor dela”, pontua o cirurgião plástico Humberto Pinto.

Além disso, o tecido mamário também é retirado e pode ser feita uma lipoaspiração para ajustar a área do tórax. Já em mamas maiores, a incisão é realizada pelo sulco inframamário, e a cicatriz fica abaixo do músculo peitoral, e o excedente de pele é retirado e a aréola e o mamilo são reposicionados.

Após a cirurgia, o paciente usa um curativo fechado e uma malha compressiva que deve ser usada por um mês, para ajudar na acomodação da pele, na redução do inchaço e na prevenção de secreções. Fica proibido ao paciente a prática de atividades físicas e movimentos bruscos com os braços durante 30 dias. Em média, a cicatrização pode levar de um a dois anos.

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