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Aumentam cirurgias plásticas em transexuais

Uma pesquisa feita por uma equipe de pesquisadores do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC-UFPE) concluiu que diversos homens transexuais sofrem com o uso do ‘binder’ – faixa que disfarça o volume das mamas – enquanto aguardam para fazer a mastectomia, e também para se protegerem da transfobia. Falta de ar, lesões na pele e sensação de compressão na caixa torácica são alguns dos relatos colhidos entre 60 homens maiores de 18 anos, segundo publicação no site UOL.

De acordo com o cirurgião plástico Humberto Pinto, o acessório é uma solução a curto prazo até ser feita a cirurgia para retirada das mamas. “As cirurgias plásticas nos transexuaisé uma realidade para nós e sabemos da importância para esta comunidade não só pela parte estética, mas também para o convívio entre a sociedade”, afirma o médico.

De acordo com dados do Data SUS, em relação aos transexuais, no ano de 2014 foram realizadas 32 cirurgias de mudança corporal. Já no ano de 2019, o número mais que triplicou, passando para 133 cirurgias, e com a pandemia o número caiu para 38 cirurgias. Atualmente vem retornando a normalidade.

De acordo com Humberto, além da retirada das mamas com a mastectomia, são feitas muitas cirurgias de feminização, como a colocação de próteses e outras.  “Fazemos cirurgias na face, com uma transformação visual em que damos ao rosto traços femininos. A cirurgia pode ser um conjunto, de acordo com o desejo de cada um, podemos fazer procedimentos no nariz, boca, maçã do rosto, etc.”,  pontua o cirurgião.

Doutor Humberto faz cirurgias de redesignação sexual a muitos anos, de acordo com ele já são mais de 60 cirurgias realizadas aqui no Estado. A redesignação sexual nada mais é do que a mudança de sexo e fazemos tanto em homens quanto em mulheres trans. “A redesignação consiste em reconstrução do pênis no lugar da vagina ou a amputação do pênis para construção da vagina”, explica.

De acordo com o cirurgião plástico, são cirurgias delicadas, os pacientes tem acompanhamento psicológico e todo o suporte antes e depois do procedimento. “A satisfação destas pessoas é nítida após as cirurgias e para nós a sensação também é engrandecedora”, afirma o médico.

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