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Cuidado com a busca por padrões de beleza

De acordo com o cirurgião plástico Humberto Pinto, as cirurgias têm crescido cada vez mais por conta do acesso à informação de internet e das mídias sociais. “Elas favorecem o conhecimento e grupos trocam informações em busca dos procedimentos”, afirma o cirurgião. “Além disso, as cirurgias estão mais acessíveis e assim há o aumento na procura”, diz.

O médico aponta que hoje qualquer imperfeição incomoda e o vício em uso de filtros, em selfies perfeitas criam um conjunto de interesses em fazer a cirurgia plástica. “Tentam mitigar os efeitos da idade ou alguma característica anatômica que se tem desde o nascimento como o nariz, alguma gordura localizada e se parecer mais bonito em um padrão social para poder melhorar socialmente, profissionalmente”, afirma o médico.  

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), 15% das pessoas que buscam uma cirurgia plástica sofrem de transtorno disfórmico. “O transtorno disfórmico é uma condição psicológica que se caracteriza pela preocupação sem controle com a aparência”, explica Humberto.

Assim é muito importante que nós tenhamos uma sensibilidade ética para realmente analisar se é preciso o procedimento. “Converso muito com todo o paciente para realmente ter a certeza se o motivo da cirurgia é prioridade, identificamos a questão relacionada à saúde, ao psicológico”, explica o médico. “Nós sabemos quando o paciente realmente tem certeza, quando o que incomoda é o físico, ou quando é relacionada até a uma questão de saúde, e ficamos atentos”, explica. 

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