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Dia Mundial de Conscientização sobre Linfoma alerta capixabas sobre prevenção

Em todo o mundo, mais de 735 mil pessoas são diagnosticadas com linfoma, a cada ano. O Dia Mundial de Conscientização sobre Linfomas (WLAD) - 15 de setembro - é uma data dedicada a aumentar a conscientização sobre a doença, uma forma cada vez mais comum de câncer.

No Brasil, segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca), mais de 14 mil brasileiros seriam diagnosticados com linfoma em 2021. Nos últimos dez anos, o Sistema Único de Saúde atendeu mais de 70 mil pacientes com linfoma, conforme estudo realizado pelo Observatório de Oncologia. A pesquisa identificou que, nesse período, ocorreram mais de 45 mil óbitos pela doença (12% linfoma de Hodgkin e 88% linfoma não-Hodgkin), e que a mortalidade está diretamente relacionada ao diagnóstico tardio da doença.

De acordo com hematologista da Rede Meridional, Gustavo Henrique Silveira, linfoma é o nome de um conjunto de cânceres que atacam o sistema responsável por ajudar a combater infecções, que é o sistema linfático, composto por órgãos como baço e amígdalas, vasos linfáticos e pelos linfonodos, que se distribuem em posições estratégicas do corpo para ajudar na defesa contra infecções. “Esse sistema transporta os glóbulos brancos, células que combatem as infecções e participam do sistema imunológico”, afirma.

“O linfoma ocorre quando as células normais do sistema linfático sofrem mutações e passam a se multiplicar sem controle, disseminando-se pelo organismo. De forma geral, a presença de linfomas causa aumento dos linfonodos (popularmente conhecidos como ínguas), que podem surgir na região cervical, axilas, virilhas ou como massas, em qualquer parte do corpo. Pode, ainda, haver aumento do baço e alterações no exame de sangue (anemia, queda de plaquetas e alterações dos leucócitos). Pode causar, ainda, sintomas como cansaço, febre, sudorese noturna, perda de peso”, esclarece Gustavo.

Existem muitos tipos de Linfoma, porém, classicamente são divididos em dois grandes grupos: linfomas de Hodgkin (LH) e linfomas não-Hodgkin (LNH):

Linfoma de Hodgkin é uma doença adquirida, geralmente não tendo predisposição genética herdada, como acontece em muitos casos de câncer de mama ou de intestino. Compreende cerca de 20% dos casos da doença e pode ocorrer em qualquer idade, porém, os jovens de 25 a 30 anos são os que mais recebem esse diagnóstico.

Os Linfomas não-Hodgkin são um grupo complexo de mais de 80 tipos distintos da doença. Após o diagnóstico, é classificado de acordo com o tipo de linfoma e o estágio em que se encontra (extensão). São agrupados de acordo com o tipo de célula linfoide afetada e, para sua classificação, também são considerados o tamanho, a forma e o padrão de apresentação ao microscópio. Essas informações são importantes para selecionar adequadamente a forma de tratamento. Podem surgir em diferentes partes do corpo e representam 80% dos casos de linfoma.

Tratamentos:

A maioria dos linfomas é tratado com imunoterapia, quimioterapia, radioterapia ou uma combinação das três. Em raríssimos casos pode ser tratado com cirurgia.

A imunoterapia consiste na aplicação de medicações imunobiológicas (anticorpos monoclonais) que atacam proteínas específicas do câncer.

A quimioterapia consiste em drogas que atacam o DNA das células ou proteínas de todas as células do corpo, porém, afetando mais aquelas que estão em reprodução, por isso afeta mais as células cancerígenas, pois se proliferam mais rápido.

A radioterapia é uma forma de radiação usada, em geral, para reduzir a carga tumoral em locais específicos, para aliviar sintomas, ou também para reforçar o tratamento quimioterápico, diminuindo as chances de volta da doença em locais mais propensas à recaída.

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