Vitória realizará a sua Primeira Parada GLBT

Vitória terá pela primeira vez a realização de uma Parada do Orgulho GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais). O evento ocorrerá no dia 09 de setembro e objetiva promover a conscientização sobre os direitos humanos e a cidadania da população GLBT, além de publicizar a discussão sobre sexualidade e diversidade sexual no Estado. A concentração da Parada será na pracinha do Epa, em Jardim da Penha, a partir das 13h. De lá, os participantes farão um percurso até a Praia de Camburi, na altura do Hotel Aruã, onde ocorrerão diversas apresentações culturais até às 23h.

Com a manifestação, a capital capixaba finalmente entra no circuito nacional das Paradas, que só no segundo semestre de 2006 serão cerca de 140 eventos desse tipo em diversas cidades do país. A atividade faz parte da Comemoração do Orgulho GLBT do Espírito Santo. Trata-se de um calendário de atividades que teve início em 20 de agosto, com a II Manifestação do Orgulho GLBT de Colatina.

Também estão previstos dois Fóruns de Diversidade Sexual: no dia 04 de setembro em Nova Venécia, no dia 5 de setembro em Linhares e no dia 06 de setembro em Cachoeiro de Itapemirim. Até o campus da Ufes, em Goiabeiras, fará parte dessa agenda. É que entre os dias 07 e 10 setembro acontece o 4º Encontro Nacional Universitário de Diversidade Sexual (Enuds). Esse evento reunirá estudantes e pesquisadores universitários de todo o país para debater a temática da diversidade sexual.

Toda essa mobilização é fruto da organização do movimento GLBT capixaba representado pelo Fórum Estadual em Defesa dos Direitos dos GLBT do Espírito Santo. Atualmente a entidade congrega diversos grupos e organizações GLBT, além de contar com o apoio de alguns setores do poder público.

Todos os anos as Paradas do Orgulho GLBT escolhem uma temática em comum. A Criminalização da Homofobia é o assunto defendido este ano. É uma referência ao projeto de lei nº 5003/2001, da deputada federal paulista Iara Bernade, que tramita na Câmara Federal. A proposta visa transformar em crime específico o preconceito, a discriminação ou a violência contra homossexuais, assim como já ocorre com o racismo.

Além do caráter político, a Parada é um espaço de confraternização. Torna visíveis diferentes costumes e estilos de vida. Trata-se de um evento onde o orgulho e a auto-estima são realçados e valorizados como aspectos constituintes da identidade GLBT. É um momento onde o machismo, a intolerância e a homofobia são denunciados.

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